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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Down!!!

Sinto-me em baixo, sinto-me cansada, estou rabugenta e chateada. O meu filho não quer mesmo sair. As contracções que antes sentia parece que desaparecem quanto mais se aproxima a data prevista para o parto. 
Queria tanto que ele nascesse depressa, estou tão ansiosa por conhecer o meu filho e saber qual a sensação de ser mãe. A sério, podem pensar que isto é parvoíce, até porque ainda nem sequer atingi as 40 semanas, mas já chega, ele já podia dar o ar da sua graça. Bolas, já faço 40 semanas daqui a 2 dias.

Ontem eu o pai chateamos-nos por tua causa, porque andamos os dois tão stressados com a tua chegada que à mínima coisinha há discussão na certa. Tu teimas em ser teimoso, em não querer sair, vá lá amorzinho lindo da mama vem para pertinho de nós.

Andamos todos muito nervosos, e as pessoas que me rodeiam em vez de me ajudarem só me prejudicam mais. Estou a falar sobretudo da família, não me deixam respirar, sinto-me completamente sufocada, só me apetece gritar e chorar. Estou mesmo maluquinha, a sério. Não param de me telefonar, e as perguntas são sempre as mesmas: "então ainda nada", "ai esse malandro", "estou tão ansiosa", bolas ansiosa ando eu que vou ser mãe, não preciso de levar com a ansiedade dos outros. Já chega, basta-me aturar a ansiedade lá de casa, não preciso que mais ninguém me faça sentir ainda pior. 
Vou aproveitar este fim-de-semana para ver se ando muito a pé e se descanso. Quero ir até à praia, quero ouvir o mar, quero pensar, quero fazer um balanço do que foi a minha vida até aqui, e quero fazer projectos, projectos agora a 3. Gostava tanto de ser uma óptima mãe, a sério, gostava de ouvir o meu filho dizer que eu sou a melhor mãe do mundo. Gostava de o conseguir educar de uma forma saudável, gostava de lhe poder dar tudo de bom, mas sem o mimar, em demasiado sem o tornar num filho único insuportável, daqueles chatinhos.
Os receios normais da sua chegada também estão à flor da pele. São mais que muitos. Tenho receio de me chatear com algumas pessoas, pois tenho a certeza que não me vão dar o espaço que eu vou precisar para tomar conta do meu filho. Vão meter-se demais em tudo, vão querer dar muitos palpites. Eu não vou permitir isso, a sério, quem vai educar o meu filho sou eu e o pai. Quem quiser pode ajudar, mas sem interferir em demasia, porque afinal de contas eu sou a mãe, e o pai é o pai.

Posso estar enganada, mas acho que nos vão sufocar, acho que não nos vão dar o espaço que vamos precisar. Eu sei que ao inicio vamos precisar de bastante ajuda, até porque não é fácil chegarmos a casa com um recém-nascido nos braços, e vou agradecer toda a ajuda que me vão dar, mas também queria ter um pouco de privacidade. Tinha imagino sair da maternidade com o F. e chegarmos a casa só nós os três. Termos o nosso primeiro momento a três, na nossa casinha. Apresentar a casa ao nosso bebé, dar-lhe as boas vindas, mas a três. Não queria que estivesse lá ninguém, não queria a minha mãe, não queria a minha sogra, não queria mesmo ninguém. Espero que isto seja possível, a sério, queria mesmo viver este momento. Não tenho coragem para dizer isto directamente às pessoas, mas acho que vou ter mesmo que ganhar essa coragem. Já vos contei que vou para o novo hospital de Cascais, imaginem a felicidade de algumas pessoas, quando souberam que eu ia ter um quarto particular e que podiam passar lá o dia todo......estão a imaginar???? pois bem, eu não, eu não consigo imaginar o dia todo com muita gente ao meu lado, com muita confusão para o António que é tão pequenino. 

Acreditem que não quero afastar ninguém, a sério que não quero, quero que o meu filho nasça e cresça rodeado da família, mas gostava muito de ter com ele momentos privados nestes primeiros tempos, será que alguém me consegue entender? Será que estou a ser parva e a ver problemas onde não existem? Será que ainda vou morder a língua por dizer estas coisas??? Não queria ser injusta com ninguém, juro que não, queria apenas que este turbilhão de sentimentos passasse. Ando mesmo com as hormonas aos saltos. Vamos ver como correm as coisas, não quero problemas nesta nova fase da nossa vida.


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