Apetece-me fazer uma balanço de 2010. Sim eu sei, estamos a meio de 2011, mas há dias assim e hoje é um deles. penso que quando estamos down, aptece-nos pensar nas alturas em que estamos up, e 2010 foi o meu ANO sim o meu ano de felecidade.
Comecei o ano com um aumento salarial significativo, logo em Janeiro, comecei o ano com elogios profissionais do mais elevado nível (possa soube tão bem ouvir aquilo tudo do meu ex-chefe, e que chefe, homenagem lhe seja feita). Portanto o Janeiro não podia ter corrido melhor! Em Fevereiro tudo correu bem (engravidei, mas ainda não sabia), tive a minha festa de anos com os meus verdadeiros amigos todos reunidos. lembro-me que conversámos muito sobre a gravidez, sobre o ter filhos, e lembro-me da minha querida T. (também sem saber grávida e mais grávida que eu) dizer que já estava a trabalhar para isso desde Janeiro.
Depois veio o Março, sim esse mês que ficará para a história, para a nossa história. No dia 6 tivémos uma festa de aniversário gigantesca de uma grande amiga que fazia 30 anos, a S., nesta festa até fogo de artificio houve, foi um sabado muito bem passado com os amigos. Lembro-me de comentar com as meninas que na próxima terça feira iria dar incio aos exames genécologicos para ver se estava tudo bem e se poderia pensar em engravidar. foi um fim-de-semana muito bom, cheio de alegria e passeio. Na segunda-feira, dia 8 de Março, e dia da mulher, em conversa com a T. pelo msn, diz-me ela que tinha uma novidade para me dar, sim a minha lindinha estava grávida. não coube em mim de tanta felecidade, a T. e o J. iam ser papas e estavam muito felizes por isso. Claro que fiquei muito contente e contei logo ao F. que também se mostrou muito contente.
No dia 09 de Março, levantei-me bem cedinho (não desistam já de ler, prometo que não vou contar promenorizadamente os 365 dias do ano, juro que não, só aqueles com maior significado) fui para a clinica fazer as análises e a ecografia ao útero e ovários. Antes de entrar para a ecografia, momentos antes, recebo uma mensagem do F. "então pá, tás prenha?", (longe de imaginar que a resposta iria ser sim). Ao fazer a ecografia, comentei com a médica que estava com um ligeiro atraso, mas como nunca fui muito certa não liguei, mas já agora veja lá se está tudo bem. A médica diz-me: "eu vejo aqui uma coisinha mas é tão pequenina, tem 3mm, que não dá para saber se é bebé ou se é um quisto, mas quando sair daqui vá à farmácia e compre um teste de gravidez, que nesta fase é a única solução!" O meu coração parou, sim é verdade parou por breves segundos, por instantes não sabia o que pensar, sentia-me a mil à hora, não sabia o que fazer, sentia-me nervosa. não vou dizer que fiquei logo feliz, não o posso fazer, porque até hoje não consigo perceber o que senti, que raio era aquilo que me estava a acontecer (mas claro que era felicidade misturada quem sabe com ansiedade e mais uns ...ade quaisquer). Sai da clinica e telefonei para o F. a contar-lhe o que tinha acontecido, ele ficou gago, estavámos os dois maluquinhos sem saber o que fazer. Liguei para a minha sogra e para a minha mãe, para contar esta possibilidade. Ficaram eufóricas. Dirigi-me para a rua Augusta, entrei na farmácia e contei o que tinha acontecido, disse à farmaceutica que tinha ido fazer a ecografia e que a médica me tinha mandado comprar o teste. A senhora muito simpática, disse-me que de certeza que estava grávida, achava que a médica só não me tinha garantido isso porque não queria estar a afirmar uma coisa apenas com 90% de certeza. Disse-me tembém que só poderia fazer o teste depois do almoço, pois como tinha urinado depois da ecografia não seria muito fiável se o fizesse já. Meio aturdoada, lá fui apanhar o metro para entrecampos pois à tarde tinha que ir trabalhar. Levava na mão o saquinho da farmácia com o teste lá dentro e não parava de pensar naquilo. Almocei no ARCIS e subi para o escritório eram quase duas horas. Esperei mais um pouco, telefonei ao F., à minha sogra,à minha mãe, ao meu irmão mais velho, enfim, telefonei a toda a gente que podia para ver se me acalmava e se o tempo passava mais depressa.
Fui ter com a P. e com a S., estava nervosa e contei-lhes muito rapidamente o que se estava a passar e que queria que viessem comigo fazer o teste porque eu não o conseguia fazer sozinha! Fomos as três para a casa de banho da administração, pareciamos três maluquinhas. Tive que urinar para dentro do copo e a S. lá colocou o teste. Na bula dizia para esperarmos 5 minutos até ter o resultado final. Eu virei o ecrã do teste para baixo, só queria ver mesmo o resultado final, mas a S. não aguentou e espreitou passados alguns segundos e disse-me: "io io (maneira carinhosa como me chama até hoje) não precisas de esperar os 5 minutos, tu estás mais que grávida".....(até hoje fico sem ar quando me lembro disto)! Claro que começámos logo a chorar, de felicidade, de uma extrema felicidade. Euzinha estava grávida!!!Tinha uma vida dentro de mim!! A ti amiga, só te posso agradecer e dizer que estarás sempre ligada ao momento mais feliz, especial e brilhante da minha vida!!! Sempre que me lembrar deste dia (e hei-de lembrar para o resto da vida) hei-de lembrar-me de ti!!
Telefonei ao F., confirma-se, estou mesmo grávida!!! Vamos ser papás!!! Ele ficou contente, muito contente. Eu não cabia em mim de tanta felicidade. Telefonei à minha mãe, telefonei à minha sogra e não fiz mais nada durante todo o dia!! Não me conseguia concentrar, só me apetecia rir, só me apetecia mimar a minha barriga, só me apetcia correr dali para fora e ir gritar para o meio da rua que ia ser MÃE. Não contei a mais ninguém, porque teria que ver se estava tudo bem, saber de quanto estava e tudo o resto, mas apetecia-me gritar, apetecia-me festejar.
Também por msn falei com a T., e disse-lhe que tinha uma coisa para lhe contar, ela disse-me: Olha queres ver que também estás grávida?(mas longe dela pensar que assim era!). Eu disse-lhe: "não querendo ser macaca de imitação, mas também estou grávida!" . Sei que ela ficou muito contente, era muito bom partilharmos estes momentos as duas nas mesmas condições, hoje digo que foi mesmo muito bom, na nossa licença de maternidade passavamos muito tempo ao telefone a contar as peripécias dos nossos bebés, e encontravamo-nos algumas vezes para irmos às compras. Foi muito bom poder partilhar estes momentos com a minha melhor amiga.
Saí mesmo as 18h00 em ponto, queria ir para casa, queria abraçar o F. queria festejar. Quando cheguei lá estavam os meus sogros e o J. (que na altura estava a viver lá em casa). Que felecidade naquele dia!!
O resto do mês foi passado a fazer exames e a planear a chegada do nosso bebé!!
Ao outro dia pedi para falar com o meu querido ex-chefe, logo às 9 da manha! Ele com uma carinha muito preocupada pergunta-me o que se passa e eu disse-lhe: tenho uma ciosa para lhe contar (estava nervosa, não sabia como ia ser a sua reacção, afinal tinha consciencia que ele precisava muito de mim, e que eu teria que me ausentar quando o antónio nascesse). Não foi nada programado, mas estou grávida!! Ele ficou super contente, deu-me um raspanete porque ao ver a minha cara pensou que eu fosse despedir-me. deu-me os parabéns e disse-me para eu acalmar o ritmo e pensar apenas e só no meu bebé!!! Ele é um querido e eu gosto muito dele.
Em Abril fomos passear os dois (Três), passámos um fim de semana muito bom no alentejo, descansámos namorámos, passeámos, planeámos o nosso futuro a três.
Confesso que tinha medo, tinha medo de algum não correr bem, enquanto não fiz o rasteio combinado não descansei.
Ainda antes do primeiro trismestre ter chegado ao fim e ainda no mês de Abril, contámos a alguns amigos, num jantar que o G. e a F. preparam lá em casa. Ficaram todos muito felizes por nós. Nem queriam acreditar naquilo que estava a contar. O resto da noite foi muito bem passado, todos felizes e contentes.
Foi em Maio que fiz o rasteio combinado, foi em Mario que confirmei aquilo que sempre suspeitei, que aquele ser que estava dentro de mim era um pilinhas. Foi em Maio que começaram as discussões (discussões saudáveis) sobre o nome a dar à criança, e foi em Maio que ficou decidido que ele ia ter o nome do meu querido pai.
Os meses de Junho e Julho foram rotineiros, exames, análises, ecografias e consultas. O meu menino crescia forte e saudável e nada indicava que poderiam surgir quaisquer complicações. A gravidez tinha tudo para ser perfeita, e graças a Deus que o foi até ao fim.
Em Agosto fui de férias para o Algarve com o pessoal, correu tudo muito bem, fiz muita praia e piscina e o mês passou a correr.
Em Setembro a ansiedade era mais que muita, era altura de começar a decorar o quarto, de começar a pensar no enxoval do meu menino e de começar a comprar tudo que iria necessitar.
O mês de Outubro foi, como dizer, angustiante, demorou tanto tempo a passar, mas tanto tempo, estavámos ansiosos por conhecer o António, queríamos que ele nascesse depressa, mas o puto era teimoso e não queria nascer. Gostava de estar dentro da minha barriguinha, gostava do calor da mama dele.
Lembro-me que andavámos muito ansiosos, quando chegava ao trabalho só me diziam então mas ele ainda não nasceu? Já estava farta e cansada das mesmas perguntas, das mesmas afirmações, ninguém me ajuda a controlar a ansiedade, ninguém, muito pelo contrário, tudo me metia mais ansiedade!
A 22 de Outubro nasce o R., o filho da T. Foi de cesariana e eu fui ao final do dia visita-la ao hospital. Como era lindo o R.
O mês de Outubro passou e nada de ver o Antonio.
No mês de Novembro, a ansiedade era uma constante. Eu andava a pé que me fartava, a médica fazia os toques e nada. Segundo ela estava bastante atrasado e colocou-se a hipotese de ser por cesariana às 42 semanas caso não avançasse mais. Ia dia sim dia sim fazer o ctg e nada de contracções. Inicialmente o parto estava previsto para dia 8 de Novembro, mas o dia 8 passou e nada de antónio. nest dia 8, em mais uma consulta, a minha médica falou com uma colega do hospital de cascais e finalmente se marcou o parto. Sábado dia 13 de Novembro, tinha que estar no hospital às 9 da manha. Confesso que essa semana foi a mais longa da minha vida!! Nunca mais chegava o sabádo. O tempo não passava, os dias pareciam semanas e esta semana pareceu um ano.
Finalmente chegou a sexta-feira, 12 de Novembro. O pessoal do escritório fez um almoço e divertimo-nos muito. Sai do escritório já passavam das nove da noite e combinei com o F. irmos jantar fora. Assim o fizémos. Quando cheguei a casa fui tomar banho fui mimar a minha barriga pela última vez. Era mesmo verdade ao outro dia ficava sem a barriguinha (pensava eu). Nessa noite não pregámos olho!!! Tão longa aquela noite. Às 9 em ponto estavámos no hospital. Fui atendida, fiz o ctg, viu-se que estava demorado e finalmente lá me meteram um comprimido para provocar o parto. já na sala de parto e sempre ligada ao CTG, as contracções não apareciam e o meu filhote continuava sossegadito no seu cantinho!
O dia 13 de Novembro passou e nada de antónio. depois passadas 21 horas de trabalho de parto, mais precisamente às 6h15m da madrugada de Domingo dia 14 de Novembro, entra a médica na minha sala de partos e diz-me que não dá para esperar mais, tínhamos mesmo que partir para a cesariana, pois o António já estava em sofrimento. Lá fui a tremer por todos os lados para o Bloco, lembro-me de estar muito nervosa, tremia muito e a anestesista só me perguntava se tinha frio!
Fui para o bloco, levei a anestesia e passados alguns minutos vi um bocadinho do meu filhote, era o pézinho!!! Que emoção meu Deus, era o pézinho do meu bebé!! (continua)
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